Família é a ideia original!

Família é a ideia original!
Meu filho Rafael

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Meu Pai. Exemplo de vida!!

Eu nasci em Juazeiro da Bahia aos 22 de setembro de 1970. Neste ano meu pai morava na referida cidade e por aproximadamente 08 meses eu fiquei ali. Logo depois eu fui morar em um distrito de Pindobaçú chamado Serra da Carnaíba, e lá eu fiquei 06 anos da minha vida. Meu pai era o presbítero responsável pelo campo da igreja naquele lugar. Terra de garimpo de esmeralda. Onde ele tinha comércio de restaurante e churrascaria; em sociedade com amigos mantinha um corte de garimpagem que lhe rendeu dinheiro, mas não o suficiente para enriquecer.
O que eu vi em meu pai foi o fato de conviver com pessoas falsas mas ter um comportamento imitável, por levar desaforos para casa. Aguentou muitos ataques sem devolver na medida da provocação.
Eu o vi muitas vezes, não retrucar, reclamar às pessoas que lhe feriam. Hoje faz 05 cinco anos que ele partiu para a eternidade. Sua vida é digna de ser narrada, pelo exemplo que deixou nos seus filhos, irmãos, sobrinhos, esposa, sogra, cunhados e amigos etc. Penso, que se Deus me conceder a oportunidade eu deixarei aqui muitos atos de justiça, que Deus deixou em sua vida.
Ele nasceu em 09/05/1942 na cidade de Miguel Calmon, filho de Maria Benedita de Oliveira e Pedro Gomes de Oliveira, enfrentou muitas lutas desde tenra idade. Ele me falou dos seus antepassados que enfrentaram secas e forjaram uma natureza forte, fato que deixou marcas de resistência como herança na família.
Ele me falava que quando criança, teve que trabalhar cedo para ajudar na criação dos seus irmãos.
Foi ajudante de padeiro, abatia e levava gado sob consignação, para vender no mercado, trabalhava duro na roça para ter com que se alimentar...E assim foi crescendo, num ambiente hostil à sua educação, e à sua vida...Depois com mais tempo eu deixo aqui, de modo mais completo a sua biografia.
A despeito dele levar desaforos para casa, não quer dizer que era fraco, covarde, medroso. Muito
pelo contrário. Se você o conheceu, sabe que isso era obra do Espírito de Deus em sua vida. Nem
sempre devemos retrucar, dar o troco...Quando devemos entrar em confronto? Só a serviço do Reino de Deus. E com mansidão, com calma, com a firmeza que só o evangelho produz através de Cristo em nossas vidas.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O implacável amor de Deus
Tipo: Esboços e estudos bíblicos / Autor: Pr. David Wilkerson

Quero lhe falar a respeito da palavra implacável. Significa: não diminuido em intensidade ou empenho - sem concessões, indefectível, imperecível, incapaz de ser mudado ou persuadido por argumentos. Ser implacável é estar fixado em um determinado curso.

Que maravilhosa descrição do amor de Deus. O amor de nosso Senhor é absolutamente implacável. Nada pode impedir ou diminuir sua amorosa perseguição em busca tanto de pecadores, quanto dos santos. Davi, o salmista, o expressa dessa maneira: "Tu me cercas por trás e por diante...Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também" (Salmo 139: 5,7-8).

Davi está falando dos grandes altos e baixos que enfrentamos na vida. Está dizendo: "Há épocas em que sou tão abençoado, que me sinto nas alturas com tanta alegria. Outras vezes, parece que estou dentro do inferno, condenado e indigno. Mas não importa onde eu esteja, ó Senhor - não importa o quão abençoado me sinta, ou qual seja a minha situação - Tu lá estás. E não consigo fugir do Teu implacável amor. E não consigo afastá-lo. Tu nunca aceitas os meus argumentos relacionados à minha indignidade. Até mesmo quando desobedeço - pecando contra a Tua verdade, assumindo que Tua graça já me é garantida - Tu nunca cessas Teu amor por mim. O Teu amor por mim é implacável!".

Num momento em que sentia-se derrubado, Davi ora: "Senhor, Tu assentastes minha alma em lugares celestiais. Me destes luz para compreender Tua palavra. Tu a tornastes lâmpada para os meus pés. Mas caí tanto, que não vejo como me recuperar. Fiz minha cama no inferno. E mereço ira, punição. És demasiadamente alto e santo para me amar na situação que estou".

Davi havia pecado seriamente. Este é o mesmo homem que desfrutava da retaguarda espiritual dada por conselheiros piedosos; era monitorado por homens justos da parte de Deus; era ministrado pelo Espírito Santo. Ele recebia revelações da palavra de Deus. Mesmo assim, a despeito de tantas bênçãos e de sua vida consagrada, Davi desobedeceu completamente a lei de Deus.

Tenho certeza que você conhece a história do pecado de Davi. Ele cobiçou a esposa de um homem, e a engravidou. A seguir tentou cobrir seu pecado embriagando o esposo, na esperança de que este iria dormir com a esposa grávida. Quando isso não deu certo, Davi assassinou o marido. Combinou enviar este homem à uma batalha perdida, sabendo que este morreria.

As escrituras dizem: "isto que Davi fizera foi mal aos olhos do Senhor" (2 Samuel 11:27). Deus chamou os atos de Davi de "grande mal". E enviou o profeta Natã para lhe dizer: "deste motivo a que blasfemassem os inimigos do Senhor" (12:14).

O Senhor então disciplinou Davi, dizendo que ele sofreria graves conseqüências. Natã profetiza: "também o filho que te nasceu morrerá" (12:14). Davi orou dia e noite pela saúde de seu bebê. Mas a criança morreu, e Davi sofreu profundamente pelas terríveis coisas que havia causado.

No entanto, a despeito do pecado de Davi, Deus manteve-se perseguindo-o em amor. Enquanto o mundo zombava da fé deste homem caído, Deus deu a Davi um sinal de Seu implacável amor. Bate-Seba agora era esposa de Davi, e ela deu à luz outra criança. Davi "deu o nome de Salomão; e o Senhor o amou" (12:24). O nascimento e a vida de Salomão foram uma bênção para Davi, algo totalmente imerecido. Mas o amor de Deus por Davi jamais se reduziu, até mesmo na hora de sua maior vergonha. Ele buscou Davi implacavelmente.

Considere também o testemunho do apóstolo Paulo. Quando lemos a vida de Paulo, vemos um homem disposto a destruir a igreja de Deus. Paulo era como um louco em seu ódio pelos cristãos. Ele respirava ameaças de morte contra todos os que seguissem Jesus. Ele buscou autorização do sumo sacerdote para caçar os crentes, poder atacar suas casas, e arrastá-los à prisão.

Após se converter, Paulo testifica que mesmo durante aqueles anos cheios de ódio - enquanto estava cheio de preconceitos, matando cegamente os discípulos de Cristo - Deus o amava. O apóstolo registra: "Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8). Ele diz basicamente: "Mesmo eu não tendo consciência disso, Deus estava me buscando. Ele continuou me perseguindo em amor, até o dia em que literalmente me fez cair do cavalo. Esse é o implacável amor de Deus".

Ao longo dos anos, Paulo foi se tornando cada vez mais convencido de que Deus o amaria fervorosamente até o fim, em meio a todos seus altos e baixos. Ele declara: "Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as cousas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (8:38-39). Ele estava declarando: "Agora que estou em Deus, nada pode me separar do Seu amor. Nenhum diabo, nenhum demônio, nenhum principado, nenhum homem, nenhum anjo - nada pode fazer Deus parar de me amar".

A maioria dos crentes lê esta passagem vez após outra. Ouviram-na sendo pregada há anos. Contudo acredito que a maioria dos cristãos acha que as palavras de Paulo são impossíveis de serem cridas. Toda vez que a maioria de nós peca e falha com Deus, perdemos todo o senso da verdade do Seu amor por nós. Então, quando algo de mal nos acontece, pensamos: "Deus está me chicoteando". Acabamos pondo a culpa em Deus por qualquer problema, luta, doença e dificuldade.

Na realidade, estamos dizendo que "Deus parou de me amar, porque falhei com Ele. Eu O desagradei, e Ele está zangado comigo". De repente nós paramos de compreender o implacável amor de Deus por nós. Esquecemos que Ele está continuamente indo em busca de nós o tempo todo, não importanto qual seja a nossa condição. Contudo, a verdade é que não podemos enfrentar a vida com todos os seus terrores e sofrimentos, sem nos agarramos à essa verdade. Temos de estar convencidos do amor de Deus por nós.

Conheço muitos ministros que falam muito do amor de Deus, e livremente o oferecem aos outros. Mas quando o inimigo chega bramindo como uma inundação para dentro de suas próprias vidas, eles são levados. Caem numa poça de desespero, incapazes de confiar na palavra de Deus. Eles não conseguem acreditar que Deus ainda os aceite, por estarem convencidos de que Ele desistiu deles.

Paulo chega a esse assunto crucial a todos nós, através de um único versículo. Ele havia escrito duas cartas aos coríntios. E escolheu terminar a última com essa prece: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2 Coríntios 13:14).

Talvez você reconheça esse versículo. Ele é muitas vezes usado nos cultos da igreja como bênção. Geralmente é dito como hábito pelo pastor, e poucos ouvintes alcançam o seu enorme significado. No entanto esse verso não é só uma bênção. É o resumo de tudo que Paulo ensina aos coríntios quanto ao amor de Deus.

Esse versículo trata com três questões divinas: a graça de Cristo, o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo. Paulo estava orando para que os coríntios se apossassem destas verdades. Creio que se nós também compreendermos estas três questões, nunca mais duvidaremos do implacável amor de Deus por nós:




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1. Primeiro, Paulo Considera a Graça de Jesus Cristo

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O quê exatamente é graça? Quanto a isso sabemos o seguinte: seja a graça o quê for, Paulo diz que ela nos educa para que, "renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente" (Tito 2:12).

Como chegar a esse ponto, onde poderemos ser ensinados pela graça? E qual o ensino que a graça oferece? De acordo com Paulo, a graça nos educa a renegar a impiedade e as paixões mundanas, e a ter vidas puras e santas. Se é assim, então necessitamos que o Espírito Santo faça brilhar em nossas almas a verdade fundamental desta doutrina.

Encontramos o segredo da declaração de Paulo quanto à graça em 2 Coríntios 8:9. Ele afirma: "Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos". Paulo não está falando de riqueza material aqui, mas de riquezas espirituais. (Inúmeras passagens provam isso. Em todas as suas cartas, Paulo fala das riquezas da glória de Cristo, riquezas de sabedoria, riquezas de graça, de ser rico em misericórdia, fé e boas obras. Igualmente, o Novo Testamento se refere à riquezas espirituais como opostas à enganosa riqueza do mundo.)

Paulo está nos dizendo: "Aqui está tudo que você precisa saber quanto ao significado da graça. Chega a nós através do exemplo do Senhor. Em termos simples, Jesus veio abençoar e edificar os outros às Suas próprias custas. Essa é a graça de Cristo. Apesar de ser rico - em nosso favor se tornou pobre, para que através de Sua pobreza nos pudéssemos tornar ricos".

Jesus não veio para se mostrar grande ou para trazer glória para Si mesmo. Ele abriu mão de todos os direitos em relação à palavra "eu", objetivando toda ênfase sobre "os meus". Cristo deixou passar todas as oportunidades para ser o maior dentre os homens do Seu tempo. Pense nisso: Ele nunca orou pedindo bênçãos para Si próprio, para que fosse conhecido ou aceito pelos outros. Ele não ficou mostrando o Seu peso divino para ganhar poder ou reconhecimento. Ele não se exaltou às custas dos pobres, ou dos menos capazes. E não se glorificou em Seu próprio poder, habilidade ou resultados. Não, Jesus veio para edificar o corpo. E provou isso glorificando-se nas bênçãos de Deus para com os outros.

Quando Cristo andou pela terra, Ele não competia com ninguém. Certamente ouvia Seus discípulos glorificando os Seus poderosos feitos. No entanto, em toda humildade, Jesus respondia: "Voces farão mais do que Eu. Acreditem: vocês realizarão obras maiores do que as Minhas". Posteriormente, quando Lhe chegaram notícias de que os discípulos estavam operando exatamente estas obras, expulsando demônios e curando pessoas, Ele dançou de alegria.

Quantos de nós podem declarar tal tipo de graça? Segundo vejo, isso dolorosamente falta em muito da igreja. Poucos cristãos verdadeiramente se rejubilam quando vêem seus irmãos ou irmãs sendo abençoados por Deus. Isso é especialmente verdadeiro quanto a pastores. Quando vêem um outro ministro colhendo as bênçãos de Deus, eles pensam unicamente na situação deles mesmos. Eles dizem: "Há anos que luto em oração. Mas agora esse pastor jovem chega na cidade, e Deus começa a derramar bênçãos sobre ele. E eu?".

Cá esta o implacável amor de Deus: alegrar-se ao ver outros abençoados mais do que nós mesmos. Paulo escreve: "O amor seja sem hipocrisia (dissimulação)...Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros" (Rom. 12: 9-10). Eis uma graça que deseja se conservar humilde, mesmo quando se alegra nas bençãos dos outros.



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Na Primeira Carta de Paulo aos Coríntios,
Ele Descreve Ter Visto Muito Pouco Desse Tipo de Graça
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Paulo encontrou os cristãos coríntios em competição entre si. A igreja estava cheia de auto-exaltação, auto-promoção. Homens e mulheres se glorificavam em seus dons espirituais, se chocando em busca de status e posições. Eles competiam ate à mesa de comunhão. Crentes importantes desfilavam seus alimentos exóticos, enquanto os pobres não tinham o que trazer. Outros eram tão orgulhosos, que não achavam nada de mais processar judicialmente o outro para resolver as disputas.

Tudo isso era contrário à graça que Paulo pregava. Esses coríntios tinham um imenso "Eu" carimbado sobre si. Com eles a coisa era ganhar e pegar, em vez de dar. Ainda hoje a palavra "coríntio" traz a conotação da carnalidade e do mundanismo deles.

Paulo diz a estes crentes: "Eu, porém, irmãos, nao vos pude falar como a espirituais e sim como a carnais, como a crianças em Cristo...não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?" (I Coríntios 3:1,3). Pense no que Paulo está dizendo. Crianças buscam satisfazer unicamente as suas necessidades. Eles choram para se trocar as fraldas. E os coríntios eram infantis exatamente assim. Eram pessoas tolerantes com o pecado, alguns se entregando a fornicação e até ao incesto.

Ao pensarmos nestes crentes, a palavra "santamente" não nos vem a mente. Contudo, apesar de toda carnalidade, Deus direcionou Paulo a escrever à essas pessoas como "igreja de Deus...aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos...graças a vos outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (1:2.3).

Isso foi um erro? Será que Deus estava fazendo vistas grossas diante da permissividade da igreja? Nao, nunca. Deus sabia tudo que se referia à situação dos coríntios. E Ele nunca fingiu não ver esses pecados. Não, esse endereçamento cheio de graça que Paulo traz à essas pessoas é um retrato do implacável amor de Deus. Tente imaginar o quanto os coríntios ficaram atônitos ao ouvirem a carta de Paulo sendo lida na igreja. Cá estavam crentes cheios de si, tentando ser o número um do grupo. Ainda assim, escrevendo sob inspiração divina, Paulo se dirige a eles como "santos" e "santificados em Cristo". Por que? Deus estava protegendo essas pessoas. Eu explico.

Se Deus nos julgasse segundo a nossa condição, seríamos salvos num minuto e condenados no outro. Seríamos convertidos dez vezes no dia, e nos desviaríamos dez vezes diariamente. Todo cristão honesto tem de admitir que a sua condição, na melhor das hipoteses, é de luta. Todos nós ainda estamos lutando, ainda tendo de depender da fé nas promessas de misericórdia de Deus. Isso porque ainda temos fraquezas e fragilidades em nossa carne.

Graças a Deus, Ele não nos julga segundo a nossa situação. Em vez disso, Ele nos julga segundo a nossa posição. Veja, mesmo sendo fracos e pecaminosos, demos os nossos corações a Jesus, e pela fé o Pai nos assentou com Cristo no celestial. Esta é a nossa posição. Portanto, quando Deus olha para nós, Ele nos vê não segundo a nossa condição pecaminosa, mas segundo nossa posição celestial em Cristo.

Por favor não entenda mal. Quando digo que Deus dá segurança ou protege o Seu povo em graça, não estou falando de uma doutrina que permite que os crentes continuem na promiscuidade pecaminosa. A Bíblia deixa claro que é possivel a qualquer crente se afastar de Deus e rejeitar o Seu amor. Tal pessoa pode endurecer o coração tão repetidamente, e com tanta rigidez, que o amor de Deus não penetrará mais nas muralhas que ela erigiu.

Neste instante, você pode estar numa condição como a dos coríntios. Mas Deus vê a sua posição como estando unicamente em Cristo. Foi assim que Ele tratou com os coríntios. Quando Deus olhou para eles, Ele sabia que não tinham recursos para mudar. Eles não tinham nenhum poder em si próprios para subitamente se tornarem piedosos. É por isso que Ele inspirou a se dirigir a eles como santos santificados. O Senhor desejava que eles conhecessem a segurança da sua posição em Cristo.

Você luta contra uma fraqueza? Se é assim, saiba que Deus nunca será impedido em Seu amor por você. Ouça-O lhe chamando "santo", "santificado", "aceito". E apodere-se da verdade que Paulo descreve: "Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" (I Coríntios 1:30).


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2. Paulo a Seguir Fala do Amor de Deus
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Na primeira epístola de Paulo ao coríntios, ele dirige-se à necessidade da graça de Deus. Isso devido às quedas desse povo. Mas em sua segunda carta, Paulo se concentra no amor de Deus. Ele sabia que o implacável amor de Deus era o único poder capaz de transformar o coração de alguém. E a segunda carta de Paulo prova que Deus escolhe usar o Seu amor, como maneira de mostrar o Seu poder.

Primeiro Coríntios 13:4-8 nos dá uma poderosa verdade quanto ao implacável amor de Deus. Sem dúvida, você ouviu essa passagem muitas vezes, tanto em sermões como em casamentos: "A caridade [amor] é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, nao se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca falha".

A maioria de nós pensa: "Esse é o tipo de amor que Deus espera de nós". É verdade, de certa maneira. Mas o fato é que ninguém pode corresponder a essa definição de amor. Não, essa passagem é toda relacionada ao amor de Deus. O verso 8 prova isso: "A caridade [amor] nunca falha". O amor humano falha. Mas aqui está um amor que é incondicional, que nunca desiste. Ele opõe-se e resiste à qualquer falta, a qualquer desapontamento. Ele não exulta com os pecados dos filhos de Deus; pelo contrário, sofre com estes pecados. E ele resiste a todos os argumentos de que somos mui pecadores e indignos para sermos amados. Em resumo, esse tipo de amor é implacável, e nunca pára em sua perseguição ao amado. Isso só pode descrever o amor do Deus Todo-Poderoso.

Veja como esse poderoso amor afetou Paulo. Em sua primeira carta aos coríntios, o apóstolo tinha todas as razões para desistir da igreja. Ele tinha vários motivos para estar zangado com eles. E ele poderia facilmente tê-los excluido, no desespero devido à infantilidade e à pecaminosidade deles. Ele poderia ter iniciado a carta desta maneira: "Lavo as mãos com vocês. Vocês são totalmente incorrigíveis. Esse tempo todo eu me desmanchei em favor de vocês; porém, quanto mais os amo, menos vocês me amam. Então é isso: eu os deixo a vontade. Vão em frente e briguem entre si. O meu trabalho com vocês está acabado".

Paulo nunca poderia ter escrito isso. Por que? Porque ele havia sido cooptado pelo amor de Deus. Em I Coríntios, lemos de ele entregar um homem a Satanas, para a destruição da carne desse homem. Isso soa áspero. Mas qual era o propósito de Paulo? Era que a alma desse homem pudesse ser salva (v. I Coríntios 5:5). Tambem vemos Paulo reprovando, corrigindo e admoestando duramente. Mas ele fez tudo isso em meio à lagrimas, com a ternura de uma ama.

Como os coríntios carnais reagiram à mensagem de Paulo que falava do amor triunfante de Deus? Eles se derreteram diante de suas palavras. Paulo posteriormente lhes disse: "vós...segundo Deus, fostes contristados!...agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofresseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação" (2 Corintios 7:11, 9-10). Paulo estava dizendo: "Vocês se purificaram, ficaram indignados com seus pecados, e agora estão plenos do zelo e temor de Deus. Vocês se mostraram puros e limpos".

Digo-lhe o seguinte: esses coríntios foram transformados pelo poder do implacável amor de Deus. Ao lermos a segunda carta de Paulo para eles, descobrimos que o grande "Eu" nessa igreja havia desaparecido. O poder do pecado havia sido rompido, e o egoísmo tinha sido digerido pelo pesar piedoso. As pessoas não estavam mais amarradas em dons, sinais e maravilhas. A ênfase delas agora era dar em vez de receber. Elas juntaram ofertas para serem enviadas a crentes que haviam sido atacados por uma grande fome. E a mudança veio pela pregação do amor de Deus.

Eu pessoalmente me vejo convencido por essa verdade. Quando era mais jovem, eu pregava mensagens sobre o mal nas igrejas. Eu me desesperava diante do estado deplorável de tantos dentro o povo de Deus. E me dispus a corrigir essas coisas com uma espada e um martelo. Eu atacava as concessões e contemporizações, e esmagava tudo à vista. E no processo, coloquei sob condenação pessoas que nunca deveriam estar lá.

Se Paulo tivesse pregado desse jeito em Corinto, ele certamente teria esmagado a carnalidade, derrubado os fornicadores, e parado com o hábito de processarem uns aos outros na justiça. Mas aquela igreja teria se dissolvido. Não sobraria gente para Paulo reprovar. Uma pregação assim "na cara" é má direcionada pelo zelo humano. Freqüentemente é resultado de um pastor não ter tido íntima revelação pessoal do amor de Deus por ele.



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3. Finalmente, Paulo se Concentra na Comunhão do Espírito Santo

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A frase em grego que Paulo usa se traduz: "a comunhão do Espírito Santo". Inicialmente, os coríntios nada conheciam quanto à essa comunhão. O corpo da igreja explodia em individualismo. Paulo diz o seguinte deles: "Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo" (I Coríntios 1:12).

Esse individualismo caminhava com os dons espirituais das pessoas. Aparentemente, os coríntios vinham à igreja só para se edificarem a si próprios. Um vinha com o dom de línguas, outro com uma profecia, um outro com uma palavra de sabedoria - contudo estavam usando seus dons para servirem a si próprios. Todo mundo queria ir embora dizendo: "Dei uma palavra de profecia hoje", ou, "Falei poderosamente no Espírito". E isso estava causando desordem total. Paulo faz um chamado explícito à ordem, instruindo-os: "Aprendam a manter a paz. Deixem os outros falarem. Busquem edificar o corpo, e não só a vocês próprios".

A obra mais profunda do Espírito Santo trata com mais do que dons espirituais. Sinais, maravilhas e milagres são necessários, e têm o seu lugar. Mas a obra mais preciosa do Espírito de Deus é unir o corpo de Cristo. Ele procura estabelecer comunhão entre o povo de Deus, pelo Seu poder unificador. Contudo, freqüentemente hoje em dia, quando falamos da comunhão do Espírito Santo, ainda tendemos a pensar individualmente. Pensamos em termos de "eu e o Espírito Santo", dizendo, "O Espírito e eu desfrutamos intimidade em Cristo".

Paulo junta comunhão e unidade aos dois pontos que já mencionamos: a graça de Cristo e o amor de Deus. Ele diz, basicamente: "Para entender verdadeiramente estes dois pontos, eles têm de juntar essas partes na sua vida. É assim que você pode medir a graça de Cristo e o amor de Deus em sua vida. É determinado pela sua vontade de estar em plena unidade e unicidade com todo o corpo de Cristo".

O que quer dizer ter unidade e unicidade? Quer dizer remover toda inveja e competição, e deixar de se comparar aos outros. Em vez disso, cada um se alegrar quando o irmão ou irmã é abençoado. E todos estarem ansiosos para dar em vez de receber. Unicamente esse tipo de comunhão verdadeiramente revela a graça de Cristo e o amor de Deus.



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Essa Mensagem Reduz-se a Um Ponto:
Eu Estou Querendo Mudar ?

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A pergunta é: "Eu realmente quero deixar o Espírito Santo me mostrar onde preciso mudar?". Veja, há um propósito por trás do amor implacável de Deus. É esse: há poder no amor de Deus para solucionar todos os problemas através de sua transformação.

Se você me diz que é uma pessoa de bem - boa, caridosa, perdoadora, lavada no sangue de Cristo - eu respondo: o amor de Deus concede mais do que perdão. Você pode ser uma pessoa boa e perdoada, mas continuar governada e escravizada por sua natureza pecaminosa. Todos nascemos com a natureza de Adão, a tendência para o pecado. Em verdade, é essa natureza em nós que nos torna facilmente provocáveis, invejosos, lascivos, zangados, não perdoadores. Essa mesma natureza em nós é que ama o dinheiro, planta sementes de destruição, e não consegue se alegrar quando os outros são abençoados.

Se você tem lutado contra a sua natureza de pecado, está travando uma batalha perdida. Tal natureza não pode ser mudada. Ela sempre será carne e sempre resistirá ao Espírito Santo. A nossa natureza carnal está além da redenção, e portanto ela precisa ser crucificada. Isso significa admitir o seguinte: "Jamais conseguirei agradar a Deus por mim mesmo. Sei que a minha carne nunca poderá me auxiliar".

Todos temos de receber uma natureza nova, e essa natureza é exatamente a natureza de Cristo. Não se trata de refazer a nossa velha natureza, ou de uma re-elaboração da nossa carne. O que é velho tem de partir. Estou falando é do nascimento de uma natureza totalmente nova. E a Nova Aliança concede recursos para isso: "Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina" (2 Pedro 1:4).

O amor de Deus nos diz: "Quero lhe assegurar de sua posição em Cristo. Você precisa desistir de tentar mudar a natureza da sua carne, e me deixar lhe dar a natureza do meu Filho. Há senão uma condição para que isso ocorra: simplesmente crer. Essa transformação na natureza vem unicamente pela fé. Você precisa crer que serei Deus para você".

Amado, todo crente pode se tornar como Jesus tanto quanto ele ou ela deseje. Se você pode simplesmente dizer: "Creio que Deus me ama de verdade", está confessando que Ele lhe ofereceu poder para ser transformado.

Torne sua essa oração hoje: "Santo Espírito, sei que não tenho muito da graça sobre a qual Paulo fala. Mostre onde preciso mudar. Creio que o meu Pai me ama implacavelmente. E esse amor me deu recursos para que eu assuma a natureza dEle . Sei que me foi concedido o poder para ser transformado por Ti. Dê-me a Tua natureza, Jesus".





..Autor deste artigo:

Pr. David Wilkerson
Autor do grande bestseller "A Cruz e o Punhal", este brilhante evangelista deixou muitos escritos que fazem mudança na vida de multidões, mesmo após sua passagem pela Terra.

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Reivindicando o poder que está em Cristo
Tipo: Esboços e estudos bíblicos / Autor: Pr. David Wilkerson

Ao passar as Suas últimas horas com os discípulos, Jesus lhes diz: "Em verdade, em verdade vos digo, se pedirdes alguma cousa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome" (João 16:23). E então acrescenta: "Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa" (16:24).

Que declaração incrível. A cena se desenvolve e Cristo avisa Seus seguidores de que está partindo, e que não os veria por um curto tempo.
Ainda assim, no mesmo esforço de voz lhes assegura que tinham acesso à toda bênção dos céus. Tudo que teriam de fazer era pedir em Seu nome.

Ora, a maioria dos comentadores bíblicos diz que tal promessa não se aplicava aos discípulos ainda. Sustentam que os discípulos não podiam pedir nada no nome de Cristo enquanto Ele não deixasse a terra, e fosse estar na presença do Pai.

Mas as escrituras sugerem diferente. O exemplo mais claro é o do desconhecido que operou obras poderosas no nome de Jesus. Os discípulos tentaram parar esse homem porque ele não era do seu círculo. João comunica a Jesus: "Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco" (Marcos 9:38).

Como Jesus respondeu a isso? "Jesus respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós" (9:39-40). Cristo reconheceu o homem como sendo "comigo, do nosso lado".

Tal pessoa não era do círculo íntimo de Jesus, contudo mesmo assim era capaz de realizar milagres em nome do Senhor. Ao fazê-lo, declarava que todo o poder estava no nome de Cristo. Que coisa impressionante. Esse homem não gozava de intimidade pessoal com Jesus, como os doze. E nem tinha as grandes revelações que os discípulos tinham. Ele provavelmente era apenas um dentre as multidões a quem Jesus ensinou do alto dos montes, ou junto ao mar.

Mas tal homem obviamente era um apaixonado por Jesus. Por que? Porque se apropriou das promessas de Cristo, e agiu sobre elas. E milagres aconteceram. Ele também deveria ser um homem de oração e jejum. Afinal de contas, Jesus apontou que os demônios são expelidos só com oração e jejum.

Nesse aspecto, esse homem desconhecido se põe em total contraste com os discípulos de Jesus. Os doze haviam aprendido pessoalmente com Jesus a bater (à porta), buscar, pedir as coisas de Deus. Aprenderam em primeira mão que todas as bênçãos do Pai - toda a graça, o poder e a força - são encontradas em Jesus. E tinham ouvido Jesus dizendo às multidões: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei" (João 14:12-14).

Cá estava pelo menos um homem que seguiu as palavras de Jesus. Ele reivindicou a promessa de Jesus, e a sua fé foi honrada por Deus. Ele tinha a expectativa de o Senhor realizar milagres através dele, tudo em nome de Jesus Cristo. É por isso que Jesus agora diz a João e aos outros: "Até agora, vocês nada pediram em Meu nome. Então, peçam e receberão. E a sua alegria será completa" (v. 16:24). Ele estava dizendo: "Peçam já. Não fiquem esperando chegar uma outra hora. E não tentem esclarecer isso teologicamente. Entendam: o Meu nome tem poder sobre o diabo. E vocês têm esse poder, porque estão em Mim. Peçam, e o Pai o fará".


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Em Face de Todo o Poder e de Todos os Recursos Que Temos em Cristo,
a Maioria dos Crentes Não Tem Pedido Quase Nada em Seu Nome

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As palavras de Cristo aos discípulos me convencem: "Nada tendes pedido em meu nome" (João 16:24). Quando leio isso, ouço o Senhor cochichando: "David, você não tem reivindicado o poder que lhe deixei disponível. Você simplesmente precisa pedir em Meu nome".

Cá está o que creio entristeça mais o coração de Deus do que todos os pecados da carne juntos. O nosso Senhor é afligido pela crescente falta de fé em Suas promessas...pelas dúvidas cada vez maiores quanto a se Ele responde as orações ou não...e por um povo que reivindica cada vez menos o poder que está em Cristo.

O mundo jamais conheceu uma época mais necessitada. Contudo há menos petições do que nunca em nome de Jesus. Com o passar do tempo, os cristãos estão pedindo cada vez menos do Senhor. Estão com medo de darem um passo à frente, geralmente devido à incredulidade. Por isso pedem pouco ou nada em Seu nome.

Devo fazer a minha própria confissão. Tal como os discípulos, eu oro, jejuo, desfruto de intimidade com Cristo. Amo devorar a palavra de Deus, e me agarrar a Ele em oração. Mas me pergunto: qual o significado dessas coisas, se não produzirem fé em meu sublime Senhor? Eu me maravilho diante da majestade, da glória e do poder de Deus. Mas será que ajo em cima disso? Tenho íntima comunhão com o Senhor. Mas será que o meu tempo com Ele me fortalece da autoridade divina, me deixa ávido por reivindicar todo o poder em Seu nome?

É impressionante o quão fielmente a igreja se refere ao nome de Cristo. Nós o louvamos, o bendizemos, cantamos do "poder que opera maravilhas no bendito nome do Senhor". Tememos esse nome, nos glorificamos nele, gostamos de ouvi-lo citado. Mas não nos apropriamos do poder que está em Seu nome. Não o reivindicamos, nem agimos a partir dele.

E por que não? Por que todo crente não impõe as mãos sobre os doentes e reivindica o poder curador que está no nome de Cristo? Por que não intercedemos em Seu nome pelo despertamento espiritual de nossos filhos, familiares, amigos? Por que Satanás recebe tão pouca oposição de nós?
Será que alguma vez foi da vontade de Deus permitir que o inimigo destruísse nossos lares e casamentos?

A Bíblia diz que nestes últimos tempos, o diabo cairá sobre a humanidade "cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta" (Apocalipse 12:12). A minha pergunta é: esse diabo furioso encontrará uma igreja passiva, manquitolando? Será que encontrará um povo fiel que exalta o nome de Cristo, mas que não resiste ao inimigo pelo poder que está nesse nome? Encontrará ele um povo de Deus que desistirá facilmente, dizendo: "Cheguei ao máximo que eu podia chegar. Agora sou obrigado a ficar assim até que o Senhor volte"?

Não, nunca! Não temos de aceitar o que o diabo está dando. Não temos de ceder a seus ataques, ter medo dele, ou temer o futuro. Nas últimas semanas tenho fervido por dentro com ira santa contra Satanás e os seus poderes. A leitura das palavras de Jesus incendiaram a minha alma me fazendo levantar e dizer: "Chega, diabo. Vou contra você com todo o poder em nome de Jesus. Estou lhe avisando. Você pode convocar as hordas do inferno, porque vou resistir a cada um de seus ataques. E a palavra de Deus diz que você fugirá".

Satanás pode tentar trazer um dilúvio de aflições para dentro da minha vida. Ele pode atacar a minha família e os meus queridos. Mas cada dilúvio demoníaco será enfrentado por uma liberação do poder de Cristo.
O inimigo pode mandar demônio atrás de demônio. Mas cada um deles se chocará contra a inabalável parede que é o todo-poderoso nome de Jesus Cristo.


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Temos de Remover Todos os Limites Que Colocamos em Deus
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Isso é ilustrado de maneira muito vívida em Atos 3. No versículo 1, Pedro e João iam para o templo orar. Isso era seu hábito diário. E todos os dias, eles passavam por um homem que se assentava à porta do templo mendigando. O homem era coxo de nascença.

Mas esse dia seria diferente de todos os outros. Desta vez, quando os apóstolos viram o mendigo, uma raiva santa caiu sobre eles. Eles viram que Satanás permanecia sem ser desafiado na vida daquele homem por muito tempo. Estava na hora de homens de Deus cheios do Espírito se apropriarem do poder em nome de Cristo.

"Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós...Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou" (Atos 3: 4,6). Pedro estava dizendo: "Possuímos algo muito melhor do que todo ouro e toda prata do mundo. O que nós temos é muito maior do que todos os médicos e remédios da terra. Estou falando do poder que está no nome de Jesus Cristo. Nós o temos, e o damos a você".

E assim, Pedro diz: "Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou...de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus" (3: 6-8).

A multidão vendo isso ficou assombrada. Perguntaram aos apóstolos o que estava acontecendo. Pedro explicou: "Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós" (3:16). Pedro estava basicamente dizendo: "Vocês conhecem esse homem há anos, e sabem que ele nasceu coxo. E agora querem saber como ele é capaz de pular e dançar. É por causa do nome de Jesus Cristo. É pelo poder no nome de Cristo que este homem foi curado, e por nenhum outro nome".

Note a expressão que Pedro usa para descrever o novo estado do homem: "saúde perfeita". Não importa o quanto a nossa luta pareça terrível ou desesperadora. Deus nos forneceu "saúde perfeita" em meio à ela. E essa saúde perfeita - concedida através do nome de Jesus Cristo - vai repelir todo dardo do inimigo.

Quando os oficiais do templo ouviram o que tinha acontecido, prenderam Pedro e João. E no dia seguinte, levaram os discípulos a julgamento. O sumo sacerdote exige que respondam "com que poder ou em nome de quem fizestes isto?" (4:7). Mais uma vez Pedro declara: "Tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós" (4:10).

Eu lhe pergunto: como esses homens simples e humildes foram capazes de falar com tanta ousadia, com tanta confiança? Foi porque Pedro e João haviam removido todos os limites em Deus. Eles estavam dizendo em essência: "Não vamos limitar o Santo de Israel em nenhuma situação".

Eles pronunciaram fé prevalecente em relação à vida do aleijado. E nunca poderiam ter feito isso a menos que verdadeiramente cressem nas palavras de Jesus: "Se pedirdes alguma cousa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome" (João 16:23). Os discípulos sabiam que quando Jesus disse "alguma
cousa" Ele estava tornando a promessa ilimitada. Cristo estava dizendo, "Todas as coisas que pedirem ao Pai em Meu nome, Ele lhes dará".

Devemos seguir o exemplo de Pedro e de João. Nós também devemos crer que todas as coisas são possíveis. E devemos remover todos os limites que colocamos em Deus para operar em nossas vidas.


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Reivindicar o Poder no Nome de Cristo
Não é Uma Verdade Teológica Complicada e Oculta

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Em minha biblioteca há livros escritos unicamente sobre o assunto do nome de Jesus. Os autores os escreveram para ajudar os crentes a entender as profundas implicações ocultas no nome de Cristo. Porém a maioria destes livros é tão "profunda", que não alcança a mente dos leitores.

Acredito que a verdade a ser conhecida sobre o nome de Jesus é tão simples, que uma criança poderia entendê-la. É simplesmente essa: quando fazemos nossas petições em nome de Jesus, devemos estar plenamente persuadidos de que é como se o próprio Jesus estivesse pedindo ao Pai. Como pode ser isso? pergunta-se. Explico.

Sabemos que o Pai amou o Filho. Ele falou com Jesus e O ensinou durante Seu tempo na terra. E Deus não somente ouviu como também respondeu todo pedido que Seu Filho fez. Jesus testifica isso, dizendo, "Ele sempre me ouve". Encurtando, o Pai nunca negou pedido algum ao Filho.

Hoje, todos os que crêem em Jesus estão revestidos de Sua filiação (ao Pai). E o Pai celestial nos recebe tão intimamente quanto recebe o Seu próprio Filho. Por que? É por causa de nossa união espiritual com Cristo. Através de Sua crucificação e ressurreição, Jesus nos tornou um
com o Pai. "A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós...eu neles, e tu em mim" (João 17:21,23).

Simplificando, agora somos uma família - um com o Pai, e um com o Filho. Fomos adotados, com os plenos direitos de herança que todo filho possui. Isso quer dizer que todo o poder e todos os recursos do céu se tornaram disponíveis a nós, através de Cristo.

E, porque estamos revestidos da filiação de Cristo - herdeiros com Ele, co-participantes de Sua herança - sabemos que os nossos pedidos também são ouvidos pelo Pai. E Ele responde nossos pedidos, assim como respondeu aos do Filho.

Que autoridade inacreditável nós recebemos na oração. Como, exatamente, usamos essa autoridade? Através do nome do próprio Cristo. Veja, quando pusemos a nossa fé em Jesus, Ele nos deu o Seu nome. O Seu sacrifício nos capacita a dizer: "Sou de Cristo, estou n'Ele, sou um com Ele".
Então, surpreendentemente, Jesus recebeu o nosso nome. Como nosso sumo sacerdote, Ele o escreveu na palma da Sua mão. E então o nosso nome está registrado no céu, sob o Seu glorioso nome.

Você pode ver porque a expressão "em nome de Jesus" não é apenas uma fórmula impessoal. Antes, é uma posição literal que temos com Jesus. E esta posição é reconhecida pelo Pai. Jesus nos diz: "Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus" (João 6:26-27).

Eis porque Jesus nos ordena a orar em Seu nome. Ele está dizendo: "Toda vez que você pede em Meu nome, o seu pedido tem a mesma força e efeito com o Pai quanto se Eu estivesse pedindo". Em outras palavras, é como se a nossa oração estivesse sendo pronunciada pelo próprio Jesus diante do trono de Deus. Igualmente, quando impomos as mãos sobre os enfermos e oramos, Deus nos vê como se Jesus estivesse impondo as mãos sobre esses doentes para levá-los à cura.

É por isso também que devemos ir ousadamente ao trono da graça: para receber. Devemos orar confiantemente: "Pai, estou diante de Ti, escolhido em Cristo para ir e dar fruto. Agora faço amplamente a minha petição, para que a minha alegria possa ser completa".


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Ouço Muitos Cristãos dizendo: "Eu Pedi em Nome de Jesus,
Mas Minhas Orações Não Foram Respondidas"

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Esses crentes declaram: "Tentei clamar o poder em nome de Jesus. Mas isso simplesmente não funcionou para mim". Há muitas razões pelas quais não recebemos respostas à nossas orações. Podemos ter permitido algum pecado em nossa vida, algo que contamina a nossa união com Cristo. Isso se torna um bloqueio que detém o fluxo de bênçãos da parte dEle. E Ele não responderá nossas orações enquanto não abandonarmos o pecado.

Ou, talvez o bloqueio seja devido à mornidão, ou a um coração dividido em relação às coisas de Deus. Talvez estejamos sendo sufocados pela dúvida, que corta a nossa ligação com o poder em Cristo. Tiago previne: "Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma cousa" (Tiago 1:6,7).

Recebi uma carta há pouco de uma viúva cuja filha adolescente está afundada em pecado. Essa mãe diz que a filha foi no passado uma crente fiel, mas agora está presa às drogas e morando com o namorado. Por que essa queda terrível? O pai da garota teve câncer, e ela orou "Deus, não deixe meu pai morrer". Quando o pai faleceu, a menina fugiu o mais longe que podia do Senhor. Ela disse à mãe: "Dei uma chance a Deus. Eu orei com fé, em nome de Jesus. Mas Ele deixou papai morrer".

Uma vez sentei-me ao lado de uma senhora em um avião, e ela estava em lágrimas. Disse-lhe que era ministro, e perguntei se eu podia ajudar. Ela respondeu, "Acabei de enterrar o meu pai. Ele era um homem tão bom, a pessoa mais amorosa que já conheci. Orei pedindo que Deus o deixasse viver. Me diga, como que um Deus amoroso pode deixar que um homem bom como o meu pai morra? Não quero falar sobre Deus de jeito nenhum".

O nosso ministério recebe dezenas de cartas contendo histórias iguais à essa. Vez após outra, lemos palavras nesse sentido: "Orei com fé, crendo em Deus. Mas Ele não me ouviu. Esperei e esperei, mas Ele nunca respondeu. Não dá pra dizer que a oração funciona. Como posso render minha vida a Deus se Ele não responde minha oração?".

Talvez você se identifique com esses sentimentos. Você pode olhar para o passado numa situação quando orou com determinação e fidelidade - talvez pela cura de um ente querido, ou por um problema pessoal. Mas não veio resposta alguma. Você concluiu: "Deus não responde as orações. Se Ele chegou a ouvir a minha prece, eu não fiquei sabendo - porque Ele não fez o que pedi".

Talvez você não esteja bravo com Deus. Mas perdeu a confiança. Alguma coisa faz com que você não submeta o seu coração inteiramente a Ele. E assim parou de orar. Você não goza mais da plenitude das Suas bênçãos.

Tiago deixa claro: "O que tem dúvida não recebe nada de Deus". A palavra que Tiago usa para "o que duvida" significa não resolvido. A verdade é que quando essas pessoas fazem suas petições, elas põem Deus sob julgamento. No coração elas dizem: "Senhor, se me responder, vou Lhe servir. Lhe darei tudo se o Senhor responder pelo menos essa oração. Mas se não responder, vou viver minha própria vida".

Mas Deus não será subornado. Ele conhece os nossos corações, e sabe quando não estamos resolvidos em nosso comprometimento com o Seu Filho. Ele reserva o poder que está em Cristo para aqueles que se submeteram a Jesus inteiramente.

João 14 contém duas promessas grandiosas. Na primeira, Jesus declara: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei" (João 14:12-14). Jesus deixa a coisa simples no último versículo: "Peça qualquer coisa em Meu nome, e Eu o farei para você".

Dois versos adiante, Jesus promete: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros" (14:16-18). Aqui Cristo está dizendo: "Vos darei o Espírito da Verdade. E o poder dEle habitará em vós".

Essas promessas de Jesus são incríveis. Mas veja o versículo que está entre elas: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (14:15). Por essa declaração aparece aqui? Cristo está nos dizendo: "Há uma questão de obediência conectada à estas promessas". Resumindo, ambas as promessas têm a ver com a guarda e a obediência à palavra de Deus. Elas foram dadas para serem cumpridas, com nada nos impedindo de reivindicar o poder que está em Cristo.


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Estou Convencido de Que Pedir Pouco ou Nada em Nome de Jesus
É Uma Reprimenda a Ele

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Ano após ano, muitos cristãos buscam cada vez menos. No fim, se fixam na salvação de Cristo apenas. Não têm nenhuma expectativa senão a de chegar ao céu algum dia.

Eu lhe pergunto: você chegou ao fim do seu Cristo? Você espera alguma coisa além de ser salvo pelo Seu poder e Sua graça? O seu Cristo acaba assim que Ele lhe fornece a capacidade para agüentar mais um dia? Ele acaba para você naquele momento de uma paz ou alegria ocasional, numa vida vivida na maior parte sob o assédio de Satanás?

Todas estas passagens da palavra de Deus me convencem de que o "meu" Jesus não é maior do que os meus pedidos. E, tristemente, muitos crentes fazem Cristo parecer insignificante e sem poder devido à sua incredulidade. Amado, não quero que o meu Cristo seja limitado. Pelo contrário, desejo que todos os demônios do inferno saibam o quanto o meu Deus é grande pela grandeza dos meus pedidos. Eu quero mais daquilo que provém do meu Cristo. Quero que Ele seja maior do que nunca em minha vida.

Eis a fé real: ela leva em conta todos os problemas e dores do povo de Deus por todo o mundo, toda situação de desespero, todas as viúvas, órfãos e idosos crentes que lutam pela sobrevivência. A fé coloca todas estas coisas tristes numa balança, e a observa descer. Mas aí a fé coloca Cristo no outro lado da balança. E se rejubila ao ver como Ele sobrepuja todos os pecados e aflições deste mundo.

Deus jamais pretendeu deixar que o diabo conquistasse os nossos corações e lares. Antes, Ele pretende que façamos uma declaração alto e bom som. Devemos tomar a nossa posição em Cristo, e gritar: "Em nome de Jesus Cristo!". Está na hora de todo crente se levantar e declarar: "Chega de viver todo este tempo com medo. Em nome de Jesus Cristo não vou mais ter medo da morte, do homem ou do diabo. Quero que o mundo veja a insuperável magnificência do meu Cristo, pela grandeza dos meus pedidos. O meu Deus manda que eu peça abundantemente, e eu pedirei. Não há nada que seja difícil demais para Ele!".

Eu insisto: apodere-se da palavra de Deus, e creia que Jesus fez estas promessas para você. Elas são as armas da sua guerra, armas que são poderosas através dEle. E se tornarão poderosas em suas mãos quando você se apropriar delas e as reivindicar.

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..Autor deste artigo:

Pr. David Wilkerson
Autor do grande bestseller "A Cruz e o Punhal", este brilhante evangelista deixou muitos escritos que fazem mudança na vida de multidões, mesmo após sua passagem pela Terra.

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A guerra no céu
Tipo: Esboços e estudos bíblicos / Autor: Pr. David Wilkerson

Houve peleja no céu" (Apocalipse 17:7).

Atualmente ouvimos muita conversa a respeito de guerra contra o terrorismo. Ouvimos de uma guerra chamada jihad, de guerra na Palestina, ameaças de guerra na Coréia do Norte. Nunca na história houve um período de tantas guerras assim por toda a terra.E tais conflitos são enormemente divulgados, por causa da comunicação instantânea que temos agora. Quase imediatamente, recebemos informes de explosões, emboscadas, número de mortos.

Estou convencido de que estas são as guerras e os rumores dos quais Jesus falou. E exatamente como Jesus profetizou, o coração das pessoas não está agüentando o medo. As guerras que estamos vendo estão causando pavor por toda a terra.

Contudo tais guerras são todas escaramuças e conflitos menores; são sintomas de uma guerra muito maior. Entenda, há na realidade apenas uma guerra se travando - e essa guerra que está acima de todas as demais, está tendo lugar no céu. É uma guerra entre Deus e o diabo.

Essa peleja foi declarada há séculos e séculos atrás. Apocalipse diz: "Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos" (12:7). O dragão representa Satanás e todos os anjos caídos que ele enganou. Enquanto estava no céu, Lúcifer reuniu tais hordas de anjos para se levantarem contra Deus. Ele queria usurpar a autoridade de Deus e ocupar o Seu trono.

Mas o diabo perdeu essa primeira batalha. "Todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles" (12:8). Deus disse a Satanás: "Não há mais lugar para você na minha presença". E Ele o lançou para fora do céu, junto com os anjos que haviam se rebelado com ele. Eles foram lançados a um mundo que a Bíblia diz era vazio e sem forma.

Ora, Satanás já havia enganado os anjos que o seguiram; e quando Deus criou a humanidade, Satanás se determinou a enganá-la também. Se ele não podia ser Deus, se vingaria destruindo a semente de Deus; então iniciou essa guerra no jardim do Éden, contra os primeiríssimos homem e mulher.

Satanás tentou Eva primeiro e depois Adão. E quando causou sua queda, parecia que havia conseguido uma grande vitória. O paraíso agora se tornara fechado para o homem. Satanás e suas hordas devem ter gozado de maldosa satisfação por essa vitória. E a batalha travada por eles foi uma declaração de guerra contra Deus e toda a Sua semente.

Há ainda uma guerra acontecendo no céu. Mas Satanás não luta essa peleja a partir do céu, e nem do inferno. Não, Satanás caiu no vazio sem forma, do qual Deus criou a terra. E uma vez Deus tendo criado o homem para habitá-la, Satanás estabeleceu o seu assento de poder lá.

As escrituras deixam tudo isso muito claro: "Nem mais se achou no céu o lugar deles" (12:8). "O dragão se viu atirado para a terra" (12:13). "Ai da terra e do mar, pois o diabo cresceu até vós, cheio de grande cólera" (12:12).



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A Rebelião de Satanás Não Pegou Deus de Surpresa

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Ainda antes da fundação do mundo, Deus arquitetou um plano de guerra para derrotar o diabo. O Senhor iria criar o homem segundo a Sua imagem; e permitiria que o homem tivesse livre arbítrio. Assim sendo, o homem seria testado e provado. Em verdade, seria colocado bem no meio de um campo de guerra, bem junto à estrutura de poder de Satanás.

O homem caiu naquele primeiro teste, na batalha que Satanás venceu no Éden. E desse momento em diante, o diabo continuou a enganar o homem. Durante o tempo de Noé, Satanás conseguiu enganar o mundo todo. De toda a população da terra, só oito almas foram salvas. Isso prosseguiu durante séculos, com Satanás enganando nações inteiras. Ele manteve poder sobre o Egito antigo, sobre Sodoma e Gomorra, e por algum tempo, até sobre o povo escolhido por Deus, Israel. Em verdade, é desencorajador ler a história de Israel nessa guerra entre Deus e Satanás.

No primeiro momento que Deus colocou a Sua mão sobre Israel, o diabo reconheceu isso. O Senhor realizou obras sobrenaturais para o Seu povo, libertou-o com milagres, deu lhe grandes revelações do Seu amor. Contudo, por quarenta anos após o Êxodo Satanás incitou a rebelião, a idolatria e a sensualidade em Israel. Ele trouxe para o seu meio prostitutas, homossexuais, profetas possuídos por demônios. Finalmente, quando chegou a hora de se entrar na Terra Prometida, só dois israelitas que haviam saído do Egito escaparam do engano, Josué e Calebe.

Mais uma vez, Satanás deve ter curtido maligno prazer. Parecia que todas as batalhas aconteciam do jeito dele; e continuou tendo vitórias através de enganações insufladas por demônios. Ele possuiu todos os países em torno de Israel: os babilônios, os filisteus, moabitas, hititas, cananeus e os reinos do norte. Finalmente, Satanás lançou o seu olhar sobre os filhos de Israel que haviam sobrevivido.

Esses israelitas tinham entrado em Canaã com Josué depois que seus pais morreram no deserto. Parecia o raiar de um novo dia para o povo de Deus. Mas Satanás foi atrás dessa geração através de enganos ainda maiores. Ele trouxe a idolatria, a fornicação e falsos profetas; introduziu a adoração demoníaca de Baal, Astaroth e Molech. As escrituras apresentam essa geração continuamente adorando ídolos "nos lugares altos". E continuamente rejeitando o Santo de Israel.

Acho esse capítulo da história de Israel totalmente frustrante. Pense bem nisso: esse povo havia assistido seus pais morrendo sob condenação no deserto; tinham visto pais e avós sucumbindo a mortes terríveis. Na verdade por quarenta anos, essa geração mais jovem tinha ido de um funeral a outro, enterrando os mais velhos a torto e a direito. Porém, mesmo depois de testemunharem todas estas coisas, eles ainda se voltavam para a adoração demoníaca de ídolos.

Nos séculos seguintes, Satanás gozou de vitória após outra sobre a semente de Deus. Ele possuiu os reis de Israel de Acabe até Jeroboão e Manassés - homens ímpios que derramaram sangue inocente livremente. Por fim, o último capítulo de Juízes revela até que ponto o povo de Deus caiu.

Os últimos capítulos de Juízes é o relato horrível e doloroso de como uma turba enlouquecida de homossexuais sodomizou a concubina de um sacerdote, e a deixou semimorta. Quando o sacerdote a encontrou, decapitou o cadáver e enviou pedaços do corpo às doze tribos de Israel. O incidente termina em guerra civil no povo de Deus, em relação aos direitos homossexuais. Milhares de israelitas são mortos.

O livro de Juízes termina com essas palavras terríveis, de arrepiar: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto" (Juízes 21:25).

Digo-lhe o seguinte: esse é o desígnio de Satanás para todas as gerações. Ele conseguiu com sucesso derrubar toda adoração verdadeira em Israel. Ao final de Juízes, homens mulheres e crianças faziam o quê bem queriam. E isso é exatamente o quê Satanás está alcançando nesse momento, em nossa geração. Ele está tentando tornar proscrita a Bíblia, ou seja, suprimi-la através da lei, fazendo-a parecer totalmente irrelevante. Todo mundo é encorajado a interpretar a palavra de Deus à sua própria maneira. Trata-se de uma enganação trazida diretamente do inferno.

A verdade é a seguinte: havia um rei em Israel no fim do livro de Juízes. Esse rei era Satanás. Ele governava não só o mundo pagão, mas também a nação escolhida por Deus. A essa altura, o diabo parecia ter vencido a batalha inteiramente. Ele e os seus demônios pareciam invisíveis em sua peleja contra o céu.



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Deus Foi Paciente,
Pois Tinha Um Plano de Conquista Completa

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O Senhor não ficou preocupado com as vitórias de Satanás. Sim, Ele se entristeceu com a contínua degradação do Seu povo para o pecado e a morte. Mas Deus já tinha um plano de guerra em ação.

Finalmente, na "plenitude dos tempos", Deus enviou o Seu Filho ao campo de batalha. Cá estava Deus encarnado, entrando pessoalmente no campo de batalha. O Senhor estava afirmando: "A batalha agora mudou. Eu estou assumindo o comando. Satanás não prevalecerá mais. Isto é o começo do fim da guerra no céu. E a vitória é minha".

Deus então deixou o diabo informado, afirmando, "Levantarei um exército; e o meu Filho será o capitão deste exército. Ele terá uma igreja feita de uma noiva sem pecado, inculpável, imaculada e santa. E esta igreja será edificada sobre um alicerce: Jesus Cristo, o Filho de Deus".

Quando ocorreu o nascimento de Jesus em Belém, isto enviou estremecimento por todo o acampamento de Satanás. Todos os demônios gritaram: "É o filho de Deus! Ele vai tirar todo o nosso poder e domínio; e governará e reinará como rei. Não conseguimos derrotar Deus no céu - como vamos vencer essa peleja contra o Seu Filho? Temos de matá-lo no berço".

Oh, o quanto os emissários do diabo tentaram destruir Cristo criança. As escrituras dizem que toda criança do sexo masculino abaixo de certa idade por toda aquela região foi morta, tudo na tentativa de se matar Jesus. Mas essa era uma batalha que Satanás não poderia vencer. Deus iria prevalecer.

No tempo escolhido por Ele, Deus plantou uma cruz bem no meio do campo de batalha. E sobre essa cruz Ele pôs Seu Filho. O sangue de Cristo caiu e se derramou sobre o campo de batalha. E gota a gota, ele iniciou um dilúvio poderoso e purificador, poderoso para lavar os pecados de toda a humanidade.

Naquela hora, Jesus soltou um grito que trovejou por toda a criação: "Está consumado". Quando Satanás e seus demônios ouviram isso, eles tremeram e se agitaram; conscientizaram-se de que estava tudo acabado. Devem ter guinchado: "É o nosso fim! O Filho de Deus nos esmagou; nos expôs publicamente ao desprezo; roubou todo o poder que tínhamos sobre as pessoas. Não podemos mais ter ninguém que esteja sob o Seu sangue".

Três dias mais tarde,outro grito poderoso foi ouvido: "Cristo ressuscitou!". Foi o momento mais negro da vida de Satanás. Em um instante, a guerra subitamente virou. Apocalipse descreve isso assim:

"Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram"
(Ap. 12:10-11).

Qual foi o poder que Satanás perdeu naquele instante? Foi a habilitação para acusar qualquer pessoa que havia sido purificada pelo sangue de Jesus. O diabo não poderia mais prender um crente nas correntes da culpa, do medo ou da condenação. Foi lhe roubado todo o poder de enganar ou destruir os que vivem pela fé no sacrifício de Cristo. Ele deixou de ter domínio sobre todo aquele que confia em Jesus.

Deus estava fazendo uma declaração legal a todos os que creriam em Seu Filho: "Você foi liberto. O poder do diabo não pode lhe prender se você confia no poder do sangue de Jesus Cristo. Inexiste poder sob os céus que possa lhe derrubar".



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Há Agora Dois Reinos

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Primeiro, havia o reino de Deus e de Seu Filho, Cristo. E segundo, havia o reino de Satanás e seus anjos caídos. Um reino era o reino da luz, o outro um reino de trevas. Já vimos como o diabo tentou roubar o reino dos céus ao longo da história; ele conseguiu vitórias durante os dias de Noé, durante os anos de Israel no deserto, e no tempo de Juízes. Mas Cristo prevaleceu sobre tudo isso.

É aqui que voltamos para Apocalipse 12:12: "Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta". Esse "pouco tempo" se iniciou no Calvário. Desde então, Satanás tem ficado cada vez mais exasperado; e cada vez mais irado com a aproximação do seu julgamento.

Alguns versículos adiante, uma mulher é mencionada: "A serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio" (12:15). Eu creio que essa mulher seja a noiva de Cristo, o remanescente vencedor. As escrituras dizem que este remanescente será constituído de uma poderosa hoste, cujos integrantes nenhum ser humano conseguirá contar. Incluirá todas as pessoas ao longo da história que tornaram Jesus seu Senhor.

A seguir lemos: "Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (12:17). Sim, Satanás está enfurecido com todo crente. Mas se ousar tocar-nos, estará tocando a menina dos olhos de Deus.

O quê vemos acontecendo no mundo bem agora é um esforço de última trincheira para destruir a noiva de Cristo. O diabo lançou um grito de tudo ou nada. E está liberando todo seu arsenal para tentar derrubar o eleito de Deus.



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As Escrituras Chamam o Ataque de Satanás de:
Uma Enchente Como Rio, Arrojada de Sua Boca

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Essa enchente, é uma inundação de iniqüidade. E Satanás a leva contra a mulher, para tentar afastá-la da proteção do sangue de Cristo. Jesus preveniu que nos últimos dias a iniqüidade iria abundar. E por causa dessa inundação de iniqüidade, o amor de muitos crentes se esfriaria (v. Mateus 24:12).

Vejo Satanás em seu centro de comando, latindo ordens: "Tomem conta da mídia! Encham a mente dos ímpios de luxúria. Façam com que seus desejos carnais os levem à pornografia. Depois enviem estes homens para molestar crianças".

O resultado é uma rajada de impiedade que o mundo jamais viu. Mas especialmente dolorosa é a carnificina perpetrada contra crianças. Veja:

. Filmes violentos têm entorpecido a mente de muitos cristãos que gostam deles. E agora atos sexuais nos filmes têm trazido perversão além do que se poderia crer. O nosso ministério recebe relatos sobre alunos do primeiro grau de só seis ou sete anos, que tentaram estuprar garotinhas de sua idade ou menos. Quando perguntados o porquê disso, responderam: "Vi isso num vídeo do papai e da mamãe".

. Há agora mais de 300.000 sites pornográficos na Internet. Esses sites contêm as imagens mais vis e depravadas que a humanidade já viu. O pior é que criancinhas estão entrando neles até por acaso. Suas delicadas mentes estão sendo expostas a imagens que as prejudicarão durante anos.

. Casamentos homossexuais estão prestes a se tornarem lugar-comum. Alguns jornais já mostram casais gays nas páginas de casamentos. Agora um número crescente de escolas de primeiro grau está se preparando para ministrar no currículo "Como viver o estilo de vida homossexual". Criancinhas estão prestes a serem doutrinadas dentro das especificidades da vida homossexual.

. A militância homossexual tem forçado caminho, atingindo as camadas mais altas da igreja. A denominação Episcopal recentemente ordenou um homossexual confesso, como bispo. Quando a cerimônia acabou, o novo bispo se virou e segurou a mão do namorado.


Satanás tem trazido o engano do homossexualismo cada vez mais para dentro da igreja, e as crianças mais uma vez são as vítimas. Mais e mais padres homossexuais estão sendo descobertos, e condenados por molestarem crianças sob seus cuidados.

. O mundo da moda deixou de ser apenas malicioso, como também começou a exibir nudez. É uma tentativa de chocar,feita por uma indústria que se deu à sensualidade desavergonhada. Mas Satanás pretende que ela influencie o povo de Deus, especialmente os jovens crentes. Essa sutil tendência demoníaca objetiva o desgaste da resistência ao sensualismo.

. Há um ressurgimento à bebedeira desenfreada entre os adolescentes. Até mesmo o Wheaton College, uma faculdade que durante décadas foi um padrão de santidade, agora permite o álcool. A razão? Querem atrair professores mais eruditos - quer dizer, que bebem. Mais faculdades cristãs claro que vão seguir o exemplo. Toda uma geração de jovens crentes vai sofrer, sendo incitados a uma iniqüidade que de outro modo não buscariam.

Veja estes outros exemplos recentes do ataque final de Satanás:

. A um astro de cinema que concorre ao cargo de governador da Califórnia, foi dito que venceria simplesmente se descobrissem algum tipo de escândalo lhe envolvendo. Foi lhe dito que ter um caso extraconjugal faria dele um herói aos olhos das pessoas; e aumentaria sua popularidade, ganhando mais votos.

. Uma enchente de leis está sendo produzida num esforço final para remover para sempre o nome de Deus, da sociedade. Dois senadores americanos lançaram esse projeto de lei. Essa lei impediria o mandado de todo juiz que creia em Deus ou tenha qualquer tipo de fé.

Você provavelmente leu sobre a famosa determinação de um juiz dos EUA. Ele ordenou a remoção de um entalhe em granito dos Dez Mandamentos das dependências de um edifício público no estado de Alabama. Enquanto isso, fez seus despachos de um prédio federal que tem uma estátua de Zeus na entrada.

No começo eu achava que estas coisas feriam profundamente o coração de Deus. Mas agora creio que o Senhor ri desses insignificantes esforços do homem. Por que? Porque Deus está agindo no meio de milhões de jovens, escrevendo Sua lei em seus corações. E nenhum juiz da terra pode removê-la deles.



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Se Parece a Você Que o Diabo Está Ganhando,
Espere Um Pouco

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Quero lhe mostrar o quê ainda vai acontecer nessa peleja no céu entre Cristo e Satanás. A Bíblia afirma: "O Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completando-a e abreviando-a" (Romanos 9:28). Deus está dizendo: "Vou acabar essa guerra breve. Farei um trabalho rápido".

Você pode se perguntar: "Então, o quê Deus está esperando? Por que não agiu ainda? Está claro que chegamos a um ponto crítico. Cadê a poderosa mão de Deus?".

Tiago nos dá a resposta: "Sede, pois, irmãos ,pacientes, até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas" (Tiago 5:7). Resumindo: Jesus está pacientemente esperando por almas. Ele está aguardando que a ultimíssima colheita seja recolhida.

A maioria dos estudiosos bíblicos acha que "as primeiras chuvas" (ou "chuva temporã") às quais Tiago se refere seja o Pentecostes. Quanto às últimas chuvas (ou "chuva serôdia"), eu creio que as estamos vendo agora mesmo. O quê melhor descreve as últimas chuvas de Deus do que a florescente igreja subterrânea de milhões de pessoas na China Comunista? Esse corpo de crentes cresceu milagrosamente em poucas e rápidas décadas. Nos anos que cercaram a Segunda Guerra Mundial, quando os últimos missionários deixaram a China, a igreja lá era um movimento pequenino e agonizante. Então, unicamente pelo Espírito de Deus, de algum modo ela explodiu a partir de um punhado de bolsões isolados - se transformando numa obra poderosa da qual o mundo nunca soube.

E a queda da Cortina de Ferro? Ninguém esperava ver o Comunismo acabar durante o nosso tempo de vida. No entanto, Deus produziu isso da noite para o dia. Exatamente no dia em que escrevo essa mensagem, o jornal New York Times informa que o governo da Rússia está agora se pronunciando contra o aborto em termos morais.

Até países islâmicos linha-dura estão vendo estas últimas chuvas do evangelho. Satélites agora irradiam as boas novas sobre países muçulmanos através de mensagens do rádio e da TV. Quando um evangelista pregou no Paquistão o ano passado, mais de 50.000 pessoas assistiram.

Sim, as últimas chuvas chegaram. O mundo todo está sendo cheio das boas novas de Jesus Cristo. Então, quando podemos esperar que o Senhor aja?

O próprio Jesus nos diz: "Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados" (Mateus 24:22). Ele está dizendo: "Ninguém sabe o dia ou a hora da minha volta. Mas eu vou adiantar isso".

Veja outra vez a afirmação de Paulo: "O Senhor executará a sua palavra sobre a terra" (Rom. 9:28). A raiz grega para "executará" aqui quer dizer "golpeará rápido". Deus está dizendo: "Será rápido. Vou esperar pacientemente que a colheita acabe; mas aí me moverei com rapidez para julgamento".

De repente, da noite para o dia, testemunharemos julgamentos que nunca vimos antes. Irá acontecer numa hora em que densas trevas tiverem coberto a terra... quando ao islamismo for concedido grande poder e autoridade...quando o anticristo tiver se levantado para proferir grandes blasfêmias...quando parecer que Satanás sobrepujou tudo que é santo e justo...quando escarnecedores zombarem quanto ao dia da volta do Senhor ...quando a obsessão pelo prazer atingir o ápice, e os pecados do mundo elevarem-se aos céus.

É nesse momento que ouviremos o Leão de Judá rugindo. Em apenas um momento, ele acabará com a guerra. Ele vai declarar: "Chega. Chega de desculpas para o pecado".

João previu o dia quando o Senhor virá cabalmente executar sua obra na terra. Ele o descreve assim:

"Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo. Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama Verbo de Deus; e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-poderoso. Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" (Apocalipse 19:11-16).

Aqui em Nova York, as pessoas muitas vezes perguntam: "Onde você estava no 11 de setembro?". Ou, "Onde você estava quando acabou a luz, no grande apagão?". A minha pergunta para você é: "Onde você estará quando Jesus vier? Qual será a situação do seu coração quando o Rei dos reis executar Sua cabal obra de julgamento? O quê você estará fazendo quando Ele vier acabar a guerra?".

Possamos todos nós ser achados sob o Seu precioso sangue, ocultos na fenda da Rocha.

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..Autor deste artigo:

Pr. David Wilkerson
Autor do grande bestseller "A Cruz e o Punhal", este brilhante evangelista deixou muitos escritos que fazem mudança na vida de multidões, mesmo após sua passagem pela Terra.

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A INOCÊNCIA
Tipo: Quebra-gelo e Dinâmicas / Autor: Pr. Geremias S. Araújo


Uma menininha, diariamente, vai e volta andando até a escola.
Apesar do mau tempo daquela manhã e de nuvens estarem se formando, ela fez seu caminho diário.

Com o passar do tempo, os ventos aumentaram e junto os raios e trovões.

A mãe pensou que sua filhinha poderia ter muito medo no caminho de volta pois ela mesma estava assustada com os raios e trovões.

Preocupada, a mãe rapidamente entrou em seu carro e dirigiu pelo caminho em direção à escola.

Logo ela avistou sua filhinha andando, mas, a cada relâmpago, a criança parava, olhava para cima e Sorria !!!.

Outro e outro trovão e, após cada um, ela parava, olhava para cima e Sorria !!!

Finalmente, a menininha entrou no carro e a mãe curiosa foi logo perguntando:
- "O que você estava fazendo?"

A garotinha respondeu:
-"Sorrindo! Deus não pára de tirar fotos minhas!!"

Deixemos que toda inocência floresça em nossos corações para podermos ver a bela
e real felicidade que está nos momentos de simplicidade... ( D.R ).






..Autor deste artigo:

Pr. Geremias S. Araújo
Igreja Evangélica Pentecostal "Renovo de David
Pastor Missionário e Presidente do Conselho Jurídico Nascional
Apucarana - Estado do Paraná
SITE: ird-nacional.vilabol.uol.com.br/principal.html

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Estudo Bíblico

Fundamentos Bíblicos
Entendendo as Primícias
Desde que comecei a publicar meus livros, sempre repeti o mesmo ritual: pegava o primeiro exemplar que me chegava às mãos, e fazia nele uma dedicatória à minha esposa. A Kelly sabe que o primeiro exemplar sempre é dela.

Para a leitura do livro (ou mera recordação), não faz a menor diferença se você pega o primeiro ou o último livro, mas por que sempre fiz isto?

Porque por meio deste ato sempre quis refletir que minha esposa é a pessoa mais importante para mim e que quero sempre distingui-la das demais. A importância de separar para ela o primeiro livro é por cultivar dentro de mim um valor, não porque o primeiro exemplar seja diferente dos demais no aspecto prático.

Este é o princípio que Deus usa na Lei das Primícias. Ao pedir os primeiros frutos, Deus queria ser distinguido no coração de seus filhos. A entrega das primícias é uma forma de honrar ao Senhor: “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” (Pv 3.9-10.)

Ao mencionar a necessidade de dar honra ao Senhor em nossas finanças, a Palavra do Senhor fala sobre nossos bens e também sobre as primícias de nossa renda. Não se trata apenas de honrá-lo com nossos bens e nem tampouco de honrá-lo com a nossa renda, mas com as PRIMÍCIAS da renda.

A definição que o Dicionário Aurélio dá acerca de primícias é: “Primeiros frutos; primeiras produções; primeiros efeitos; primeiros lucros; primeiros sentimentos; primeiros gozos; começos, prelúdios”.

A definição bíblica não é diferente. Por trás de toda uma doutrina fundamentada em ensinos explícitos e figuras implícitas, as Escrituras nos mostram a importância que Deus dá ao ato de nós o entregarmos às primícias, ou os primeiros frutos, a primeira parte de algo.

Deus não instituiu as ofertas porque precise delas, mas para provar nosso coração numa das áreas na qual demonstramos grande apego. Com a lei das primícias não é diferente. Deus não precisa dos primeiros frutos, nós é que precisamos dele em primeiro lugar em nossas vidas, e este é um excelente exercício para manter nosso coração consciente disto. Lemos em Números 13.13 que se o primogênito (considerado primeiro fruto do ventre) da jumenta não fosse resgatado, seu pescoço deveria ser quebrado. A importância na Lei das Primícias não estava no que seria feito com elas, mas no princípio de que não fosse utilizada em benefício próprio.

Entregar ao Senhor as primícias de nossa renda é dar-lhe honra. É distingui-lo. É demonstrar o lugar especial que Ele ocupa em nossas vidas. Deus quer ser o primeiro em nossas vidas. A rebelião de Satanás foi tentar usurpar esta posição divina. E hoje ele ainda tenta tomar o Trono de Deus nos nossos corações. Mas devemos manter o Senhor em seu devido lugar.

A Bíblia está repleta de histórias de gente que manteve Deus em primeiro lugar em suas vidas a despeito do preço a ser pago. Abraão se dispôs a sacrificar seu próprio filho, mas não se atreveu a deixar de dar a Deus o primeiro lugar. José foi para a cadeia para não pecar contra Deus numa relação adúltera. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram lançados na fornalha por se recusarem a dar a uma estátua o lugar que pertencia só a Deus. Daniel foi lançado numa cova de leões pela decisão de manter Deus em primeiro lugar. Os apóstolos foram presos e açoitados porque importava antes obedecer a Deus do que aos homens. Estes são exemplos positivos que nos inspiram a seguir as mesmas pegadas dos que agiram corretamente, mas há, também, os exemplos negativos de pessoas que não colocaram Deus em primeiro lugar na vida, tornando-se exemplos a não serem seguidos.

Além destas figuras e exemplos, o ensino explícito de Jesus não deixa dúvidas sobre a importância do assunto: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6.33.)

A Concordância de Strong mostra que a palavra grega traduzida como “primeiro” neste versículo é “proton” e significa: “Primeiro em tempo ou lugar; em qualquer sucessão de coisas ou pessoas. Primeiro em posição; influência, honra; chefe, principal”.

Quando fui batizado no Espírito Santo, minha vida mudou da “água para o vinho”. Cresci num lar cristão e tive meu encontro com Cristo muito cedo. Mas somente aos quinze anos de idade, conheci a pessoa do Espírito Santo e minha vida em Deus parece ter começado neste ponto. No fim de semana que tive esta experiência e disse para Deus que agora o queria em primeiro lugar na minha vida, Ele me pediu que fizesse a minha primeira renúncia: que eu me desfizesse daquilo que mais amava, minha bike! Nessa época, eu passava a maior parte de meu tempo livre treinando manobras de freestyle nesta bicicleta e não havia nada naquela época que eu amasse tanto como aquela bike, especialmente montada. Nossas condições financeiras não nos permitiram ter uma bicicleta. A única bicicleta que eu e meus irmãos tivemos antes disto foi a que ganhamos de uma tia que, por sua vez, ganhou num sorteio. Mas juntei meu próprio dinheiro fazendo meus bicos aqui e acolá e consegui montar uma das melhores bicicletas do gênero em meu bairro... Quando o Senhor me pediu que a entregasse, foi como entregar um Isaque no altar, mas eu o fiz! Esta foi a forma (que meu coração entendeu naquela época) de colocar Deus em primeiro lugar na minha vida.

Quando damos a Deus o primeiro lugar não nos frustramos. Pelo contrário, há um senso de realização interior que comprova que fomos criados para isto. Sem Deus em primeiro, há um desequilíbrio em nossas vidas.

Primícias no Novo Testamento
Alguns crentes têm dificuldade com qualquer menção de princípios ligados ao Velho Testamento e, antes de aceitarem qualquer doutrina, já começam indagando qual é a base disto no Novo Testamento?

Pois bem, na Igreja do Novo Testamento não se guardava mais a Lei de Moisés com o peso das ordenanças que ela tinha no Velho Testamento. O Concílio de Jerusalém deixou claro que não havia encargo algum a se impor aos gentios além daquelas quatro áreas mencionadas: guardar-se da carne sufocada, do sangue, do sacrifício aos ídolos e da prostituição. Isto não quer dizer que depois do Concílio a Igreja Gentílica não precisasse de mais nenhuma instrução ou doutrina, senão o Novo Testamento não teria sido escrito. Aquilo limitava, naquele momento, a herança judaica a ser passada aos gentios.

Contudo, posteriormente, ao ensinarem os princípios para a Igreja Neotestamentária, os apóstolos ainda apresentavam figuras poderosas para fortalecer doutrinas da Nova Aliança pré-figuradas naquilo que se fazia anteriormente nos dias do Velho Testamento. Não significava que estavam tentando retroceder ao passado, e sim que queriam esclarecer as figuras que Deus havia projetado por intermédio daqueles princípios praticados. “Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem.” (Hb 10.1 – TB.)

A sombra é diferente da imagem real que a projeta. Assim, também, o que se via nas ordenanças da Velha Aliança eram características similares (em ordenanças literais) às dos princípios que Deus revelaria nos dias da Nova Aliança (práticas espirituais).

O cordeiro sacrificado na lei mosaica foi apontado como uma figura (ou sombra) de Jesus que veio morrer em nosso lugar (Jô 1.29). A oferta de incenso do Tabernáculo passou a ser reconhecida como uma figura da oração dos santos (Ap 5.8). A ceia da Páscoa deixou de ser praticada e esta festa passou a ser uma aplicação dos princípios que ela figurava (1Co 5.7,8). Assim, também, outros detalhes da Lei que envolvia comida, bebida e dias de festa, começaram a ser vistos não como ordenanças literais pelas quais quem não as praticassem pudessem ser julgados, mas como uma revelação de princípios espirituais, cabíveis na Nova Aliança: “Ninguém, portanto, vos julgue pelo comer, nem pelo beber, nem a respeito de um dia de festa, ou de lua nova ou de sábado, as quais coisas são sombras das vindouras, mas o corpo é de Cristo.” (Cl 2.16-17.)

Foi com esta mentalidade (de aplicar às sobras e figuras), e não tentando retroceder a uma prática literal da lei mosaica, que o apóstolo Paulo nos revelou a aplicação espiritual da Lei das Primícias no Novo Testamento: “Mas se as primícias são santas, também a massa o é; e se a raiz é santa, também os ramos o são.” (Rm 11.16 – TB.)

Os israelitas receberam do próprio Deus a ordem de consagrar a Ele os primeiros frutos do ventre de suas mulheres, do ventre de seus animais e também os frutos da terra. Na hora da colheita, o primeiro feixe pertencia a Deus e deveria ser apresentado perante o Senhor pelo sacerdote numa oferta de movimento. Destes primeiros frutos também se fazia uma oferta de cereais.

Portanto, Paulo estava ensinando que ao santificar a primeira parte (a mais importante) você santifica também o resto que vem depois dela. Quando alguém santificava as primícias (primeiros frutos) santificava também tudo o que seria feito depois, incluindo a massa da oferta de cereais e a dos pães que viriam a comer depois.

Outra ilustração é ainda apresentada para fortalecer o entendimento deste princípio: se a raiz for santificada (a parte mais importante, e a que surgiu primeiro na formação da planta) os ramos e tudo o que surgir depois dela também será santificado.

Este era o entendimento que os judeus receberam da Lei de Moisés: ao santificarem ao Senhor as primícias de sua renda, estavam santificando o restante da renda que ficava em suas mãos. Por isso Deus poderia fazer encher fartamente os seus celeiros e transbordar de vinho seus lagares!

Isto não só responde o que são as primícias, como nos mostra o poder que elas têm de santificar o restante daquilo de que foram tiradas.

As Primícias no Velho Testamento
Deus ordenou clara e explicitamente a entrega das primícias (primeiros frutos) por meio de Moisés: “As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à Casa do Senhor, teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.” (Êx 34.26.)

A Tradução Brasileira (SBB), em vez de traduzir “primícias dos primeiros frutos” neste versículo, optou por "as primeiras das primícias da tua terra”, pois duas palavras foram usadas com a idéia de primícias e primeiros frutos juntas.

De acordo com a Concordância de Strong, a primeira palavra usada no original hebraico é “re’shiyth” que significa: “primeiro, começo, melhor, principal; princípio; parte principal; parte selecionada”.

E a segunda palavra usada no original hebraico é “bikkuwr” que significa: “Primeiros frutos, as primícias da colheita e das frutas maduras que eram colhidas e oferecidas a Deus de acordo com o ritual do Pentecoste; o pão feito dos grãos novos de trigo oferecidos no Pentecoste; o dia das primícias (Pentecoste)”.

Vemos, portanto, que as primícias eram uma ordenança da Lei de Moisés. Porém, mesmo antes da instituição da Lei, já vemos Deus trabalhando na compreensão do homem a importância das primícias.

As ofertas de Caim e Abel
O diferencial encontrado nas ofertas de Caim e Abel está diretamente ligado à entrega das primícias. Muita gente acha que o erro de Caim foi trazer uma oferta dos frutos da terra, em vez de ofertar um cordeiro (tipo do sacrifício de Cristo), mas não acho que seja este o verdadeiro problema. A Lei das Primícias fazia com que cada um trouxesse os primeiros do seu trabalho, e a Bíblia nos revela qual era o trabalho de cada um deles: Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador (Gn 4.2). Logo, as primícias de Caim teriam que ser do fruto da terra!

A Bíblia diz que Deus atentou na oferta de Abel, a oferta correta. E a primeira menção das primícias nas Escrituras é encontrada justamente nesta oferta: “Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das PRIMÍCIAS do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou.” (Gn 4.3-5a.)

Note que Caim trouxe sua oferta NO FIM DE UNS TEMPOS. Independentemente de quais tempos sejam estes a que a Bíblia se refira (tempo de colheita, de ofertas etc.), Caim não honrou a Deus com os primeiros frutos. A entrega das primícias é uma forma de reconhecer Deus em primeiro lugar. Por outro lado, deixá-lo para o fim significa não dar a Ele o primeiro lugar. E o Senhor não aceitou isto de Caim, como não aceita isto de nós hoje.

Agora veja bem, se Caim não soubesse a forma correta de oferecer algo ao Senhor, não poderia ser culpado, mas ele sabia a forma correta de fazer. Vemos isto na conversa que Deus teve com ele depois de rejeitar sua oferta: “Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” (Gn 4.5b-7.)

O Senhor falou que Caim sabia que se procedesse bem seria aceito e que se procedesse mal o pecado estava à sua porta. Abel procedeu bem ao fazer de Deus o primeiro e trazer as primícias, enquanto Caim procedeu mal ao deixar Deus por último, para o fim.

Semente de Bênçãos
Na verdade, a entrega das primícias é uma semente para entrar nas bênçãos de Deus. O Senhor fez uma promessa a Abraão e sua descendência. Mas, como Paulo escreveu aos romanos, a forma de santificar o resto de alguma coisa, é santificando ao Senhor as primícias daquilo. Portanto, Deus, que se move por seus princípios, pediu a Abraão as primícias de sua descendência: Isaque. E depois, passa a defender toda a descendência de Abraão como se todos fossem aquele primogênito entregue. Veja a mensagem que Deus deu para Moisés entregar ao Faraó egípcio: “Dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito. Digo-te, pois: deixa ir meu filho, para que me sirva; mas, se recusares deixá-lo ir, eis que eu matarei teu filho, teu primogênito.” (Ex 4.22-23.) Deus mandou dizer que Israel era seu primogênito (fruto da consagração das primícias de Abraão), e que se Faraó não o libertasse, então os primogênitos do Egito é que sofreriam. E foi o que aconteceu. Mas num registro posterior, no livro de Salmos, observe como é descrito o juízo divino sobre os primogênitos egípcios:

“Feriu todos os primogênitos no Egito, as primícias da virilidade nas tendas de Cam.” (Sl 78.51.)

“Também feriu de morte a todos os primogênitos da sua terra, as primícias do seu vigor.” (Sl 105.36.)

Em ambos os casos eles são chamados de as primícias dos egípcios. Isto faz com que entendamos aquela mensagem de Moisés a Faraó mais ou menos assim: “Assim diz o Senhor: Israel é o meu primogênito, as primícias consagradas de meu servo Abraão. Deixa ele livre para que me sirva, senão eu julgarei os seus primogênitos, primícias de sua força.”

A questão das primícias sempre traz conseqüências espirituais. Honrar ao Senhor com a entrega delas traz bênçãos, mas brincar com Deus no tocante a isto gera juízo!

A Compra dos Primogênitos dos Israelitas
Deus pediu aos israelitas a consagração de todo primogênito: “Disse o Senhor a Moisés: Consagra-me todo primogênito; todo que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, tanto de homens como de animais, é meu.” (Êx 13.1-2.)

E explicou a razão disto: “Quando o Senhor te houver introduzido na terra dos cananeus, como te jurou a ti e a teus pais, quando ta houver dado, apartarás para o Senhor todo que abrir a madre e todo primogênito dos animais que tiveres; os machos serão do Senhor. Porém todo primogênito da jumenta resgatarás com cordeiro; se o não resgatares, será desnucado; mas todo primogênito do homem entre teus filhos resgatarás. Quando teu filho amanhã te perguntar: Que é isso? Responder-lhe-ás: O Senhor com mão forte nos tirou da casa da servidão. Pois sucedeu que, endurecendo-se Faraó para não nos deixar sair, o Senhor matou todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito do homem até ao primogênito dos animais; por isso, eu sacrifico ao Senhor todos os machos que abrem a madre; porém a todo primogênito de meus filhos eu resgato.” (Êx 13.11-16.)

Além de ensinar-lhes um princípio, o Senhor se movia por meio de um ato de legalidade. Na verdade, quando protegeu e guardou os primogênitos dos filhos de Israel, Deus os comprou. Usando a linguagem bíblica, podemos dizer que o Senhor os resgatou e se fez dono deles. Dali em diante, todo primogênito era dele e a consagração ao Senhor era o meio de reconhecer isto.

Para ficar com seus filhos, os pais deveriam resgatá-los de volta por meio de ofertas. Mas ao consagrarem o primogênito, estavam santificando a Deus o restante de sua descendência.

Conseqüências Espirituais
Recentemente, li um livro do pastor Mike Hayes que ampliou meu horizonte acerca das primícias, e o recomendo de coração: “Quando Deus é Primeiro” (editado em português pela Willain Books). Ele me abriu os olhos para o que foi de fato o pecado de Acã em Jericó.

Jericó era a primeira cidade a ser conquistada em Canaã. Portanto, de acordo com o princípio das primícias, o despojo de guerra não era deles, e sim do Senhor: “Tão-somente guardai-vos das coisas condenadas, para que, tendo-as vós condenado, não as tomeis; e assim torneis maldito o arraial de Israel e o confundais. Porém toda prata, e ouro, e utensílios de bronze e de ferro são consagrados ao Senhor; irão para o seu tesouro.” (Js 6.18-19.)

Os israelitas estavam proibidos de apropriar-se de qualquer coisa em Jericó. Os tesouros deveriam ir para o templo e as demais coisas (chamadas de coisas condenadas) deveriam ser destruídas.

A Concordância de Strong aponta que palavra hebraica aqui traduzida como condenada é “cherem”, que significa: “uma coisa devotada, uma coisa dedicada, proibição, devoção, que foi completamente destruído ou designado para destruição total”. E tem como raiz a palavra hebraica “charam”, que por sua vez quer dizer: “consagrar, devotar, dedicar para destruição”.

Traduções bíblicas como a versão Corrigida de Almeida, traduzem esta palavra como “anátema” passando uma idéia de que a razão pela qual não se poderia tocar naqueles bens de Jericó eram por ser malditos. Mas a definição bíblica era de algo consagrado para a destruição. Poderia trazer maldição pela quebra de um princípio, mas não eram coisas malditas em si mesmas. Assim, como o primogênito da jumenta que não podia ser sacrificado e tinha que ser resgatado ou desnucado, assim também Deus especificou o que queria que fosse dedicado a Ele e o que fosse destruído. O importante não era achar um uso para aquelas coisas, e sim não tocar nas primícias do Senhor.

E o exército de Israel obedeceu à ordem que lhes fora dada: “Porém a cidade e tudo quanto havia nela, queimaram-no; tão-somente a prata, o ouro e os utensílios de bronze e de ferro deram para o tesouro da Casa do Senhor.” (Js 6.24.)

Mas um soldado chamado Acã desobedeceu à ordem divina: Prevaricaram os filhos de Israel nas coisas condenadas; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá, tomou das coisas condenadas. A ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel. (Josué 7.1.)

A conseqüência de se quebrar este princípio, foi que a bênção para as demais conquistas foi retirada de sobre Israel. Eles foram derrotados na próxima batalha que exigia muito pouco deles, pois a Lei das Primícias não foi obedecida. Quando se santificam ao Senhor as primícias de algo, santifica-se, também, o restante. Quando se rouba a Deus nos primeiros frutos, perde-se a sua bênção no restante.

Este princípio funciona em todas as áreas. Ao separarmos um tempo pela manhã para buscarmos a Deus, e oferecermos em nosso devocional as primícias do dia, estamos santificando o restante dele ao Senhor. Quando separamos o dízimo, e aplicamos a Lei das Primícias dando a Deus a PRIMEIRA décima parte da renda, estamos santificando as outras nove partes restantes que ficam em nosso poder.

Alguns pregadores fazem diferença entre as primícias e o dízimo; ensinam o cristão a doar o equivalente ao ganho de seu primeiro dia de trabalho (além do dízimo). Outros ensinam a prática das primícias na entrega do dízimo. A idéia das primícias não se prende tanto ao fato de se é o ganho do primeiro dia ou o primeiro décimo da renda. O importante é dar primeiro a parte de Deus antes de gastarmos com as outras coisas.

Acredito que o dízimo deve ser nosso item número um no plano de contas do orçamento. Além de ser dado primeiro, deve refletir o fato de que Deus vem em primeiro. Quando honramos ao Senhor com as primícias de nossa renda, Ele também nos honra em nossas finanças.

Por outro lado, quando pensamos somente em nós mesmos, e não nos preocupamos com as coisas do Senhor, ferimos sua primazia e perdemos suas bênçãos. É o que ocorreu nos dias de Ageu, quando ele profetizou que o povo só se preocupava com suas casas enquanto a Casa do Senhor estava em ruínas. E justamente por colocarem-se a si mesmos em primeiro lugar e deixar Deus por último (ou de fora) é que perderam as bênçãos divinas.


Luciano P. Subirá
Pastor da Comunidade Evangélica Alcance, em Curitiba/PR. É também o responsável pela Orvalho.com, editora e ministério de ensino ao Corpo de Cristo. Casado com Kelly, tem dois filhos: Israel e Lissa. luciano.subira@orvalho.com